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  • Foto do escritorDra Karolina Frauzino

Quais são os tratamentos existentes para vasinhos, varizes e safenas?

Atualizado: 9 de nov. de 2020




Primeiro entenda: varizes, vasinhos, varicoses, microvasos e refluxos de veias safenas não são apenas veias inestéticas. São todas veias doentes. Veias que, por causas já explicadas em outro vídeo, passam a não cumprir seu papel na circulação de retorno, mandar sangue de volta ao coração, se tornando cada vez mais dilatadas e tortuosas pelo acúmulo de sangue.


Hoje, 16 de agosto de 2020, não há creme, comprimido ou injeção que faça uma veia doente voltar a funcionar normalmente. Os tratamentos disponíveis visam melhorar a circulação, retirando as veias que não estão funcionando adequadamente.


E a forma de fazer isso vai depender de qual é o tipo da veia comprometida:

Vasinhos, varizes ou veias safenas doentes.



Vasinhos


Vasinhos são veias microscópicas que ficam dentro da pele e que normalmente não são visíveis a olho nu, se tornando visíveis quando estão doentes e por conseguinte dilatadas.


Pelo fato de estarem dentro da pele, não é possível separá-los da pele e retirá-los. Dessa forma os tratamentos disponíveis visam destruir esses vasinhos, o que pode ser feito de duas formas:

1. Queimando os vasos com a tecnologia do laser transdérmico ou da radiofrequência

2. Destruindo quimicamente as células com a injeção dentro do vaso de substância esclerosante líquida ou em forma de espuma, com a escleroterapia



Varizes


Varizes, por serem veias que se localizam logo abaixo da pele, podemos separá-las da pele e retirá-las facilmente.


De que forma?


1. Podemos fazer isso com a cirurgia convencional, na qual retiramos as veias através de pequenos cortes de menos de 1mm que podem ser feitos no consultório com anestesia local ou no centro cirúrgico.


2. Podemos queimá-las, sem retirá-las e sem fazer cortes, com o uso do endolaser, o que pode ser feito no consultório com anestesia local ou no centro cirúrgico. Nesse caso puncionamos a veia e introduzimos a fibra de laser dentro da veia, queimando de dentro para fora.


3. Podemos colá-las, sem retirá-las e ser fazer cortes, com a injeção de espuma, o que é feito no consultório. Nesse caso, injetamos substância em forma de espuma dentro da veia que vai alterar quimicamente as células da parede da veia e provocar seu fechamento. Veias menores não funcionante são absorvidas pela circulação, o que pode não acontecer com veias maiores, que continuam lá.



Refluxo de veias safenas


Para quem ainda tem dúvida sobre o refluxo veias safenas, recomendo assistir ao vídeo sobre refluxo das veias safenas.


Mas a retirada de veias safenas pode ser feita de três formas:


1. Por cirurgia convencional: na qual a safena é retirada a partir da realização de corte de 3cm na virlha e de 1,5cm no joelho ou tornozelo, sendo realizado somente no centro cirúrgico.

2. Por técnicas que visam queimar as veias safenas sem retirá-las e sem fazer cortes, como radiofrequência ou endolaser, o que pode ser feito no consultório com anestesia local ou no centro cirúrgico.

3. Por técnicas que visam "colar" as veias safenas, sem retirá-las e sem fazer cortes, como a injeção de espuma ou cola de cianocrilato (ainda não disponível no Brasil), o que é feito no consultório.


 

Dra Karolina Frauzino é médica cirurgiã em Brasília, membro da sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e atua no tratamento de doenças venosas e linfáticas.





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