Pensamento de grande parte das pessoas que são diagnosticadas com linfedema: "se não tem cura vou acostumar com o inchaço"
aumenta o som e escuta: errado!!
O inchaço do linfedema no início pode parecer igual ao de outras doenças, como o inchaço de varizes, de problemas renais, de problemas cardíacos, e por isso pode confundir até médicos angiologistas.
Porém há uma diferença microscópica que o faz ter um comportamento muito diferente das outras doenças: misturado ao líquido que causa o inchaço da perna há também proteínas e outras substâncias que provocam irritação e inflamação no local.
E é aí que mora o problema!
Essa inflamação altera a imunidade do local e predispõe a infecções daquela perna: chamadas de erisipela ou linfangites. E depois de um episódio de infecção a doença é acelerada e ainda há mais chance de novos episódios de infecção, que podem se tornar cada vez mais frequentes.
A essas infecções locais, soma-se o risco de infecções generalizadas, o que não é incomum.
Além disso, no corpo humano a história natural de um tecido que sofreu com inflamação prolongada é se tornar fibrótico - no bom português: mais duro e grosso. Na perna, essa fibrose provoca deformidades permanentes e, mesmo que sua perna não se torne aquelas pernas do google (pesquise: elefantíase), essas deformidades podem incomodar muito esteticamente.
Portanto, as regras do linfedema são: não deixe sua perna inchar e quanto antes agirmos, menos trabalho teremos!
Dra Karolina Frauzino é Médica Cirurgiã Vascular em Brasília DF, com Título de Especialista em Cirurgia Vascular Pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
Mão esquerda que fica inchada e ao acordar fica dormente. É linfedema também?